Muitas pessoas tem dúvidas com relação a melhor forma de treinamento aeróbio, se o HIIT é mais eficiente ou não do que o treinamento aeróbio convencional.
Neste artigo vamos entender as principais diferenças entre eles para ajudar você a escolher o que melhor se adapta ao seu objetivo! Antes disso é importante entender que ambos são tipos de treinamento cardiovascular, mas possuem abordagens bem diferentes. Vamos entender melhor.
Conteúdo
Aeróbio Contínuo (Convencional)
O aeróbio contínuo é o aeróbio convencional que a maioria das pessoas costumam fazer, é caracterizado por ser realizado em intensidade moderada a baixa e por um período mais longo.
- Exemplo de Aeróbio Contínuo: 40 minutos de trote ou pedalada em velocidade constante.
HIIT
Já o HIIT possui uma abordagem diferente. Vamos conhecer abaixo!
O “High Intensity Interval Trainning” como o próprio nome já diz nada mais é do que um Treinamento Intervalado de Alta Intensidade
Mas o que é um treinamento intervalado?
O treino intervalado é um tipo de treino que combina períodos de estímulos moderados ou vigorosos com períodos de pausa ou atividade de baixa intensidade. Ele pode ser de 2 tipos: Intervalado de Intensidade Moderada ou de Alta Intensidade, que é o nosso famoso HIIT.
A diferença entre eles é que enquanto no Intervalado de Intensidade Moderada utilizamos estímulos moderados combinados com pausas ou atividades de baixa intensidade, no HIIT utilizamos períodos curtos de alto esforço com períodos de pausa ou atividade de baixa intensidade. A idéia no HIIT é trabalhar no máximo ou próximo do máximo que seu corpo consegue durante os períodos de alta intensidade, seguidos de recuperação.
- Exemplo de HIIT: 20 segundos de sprints seguidos de 40 segundos de caminhada ou pausa total, repetidos por 20 minutos.

Qual é o melhor entre os dois?
Paz et al. (2017) realizaram uma revisão com vários estudos que compararam o HIIT ao Aeróbio convencional que é feito de maneira contínua. Os achados destes estudos sugeriram que ambos promovem respostas similares na diminuição do peso corporal, percentual de gordura e IMC. Porém, o treinamento contínuo na grande maioria dos estudos revisados foi capaz de reduzir de maneira mais significativa a circunferência abdominal dos praticantes (em comparação com o HIIT), o que pode estar associado com maiores reduções da gordura visceral da região abdominal.
Já um outro estudo feito por Dupuit e colaboradores (2019), concluiu que os programas de HIIT foram mais eficazes do que o Aeróbico Contínuo de Intensidade Moderada na redução da gordura abdominal/visceral.
Desta forma podemos concluir que ambos oferecem resultados muito parecidos.

Sugestões
O Aeróbio Contínuo em Intensidade Moderada é uma melhor alternativa para indivíduos iniciantes que ainda estão em processo de adaptação. Podendo também ser utilizado por indivíduos avançados. Esse tipo de abordagem de treino abrange todos os públicos.
Enquanto o HIIT pelo fato de ter estímulos de alto esforço é indicado apenas para indivíduos intermediários ou mais avançados. Além disso, se encaixa bem para praticantes que possuem pouco tempo para realização do treino, por se tratar de uma modalidade que demanda menor tempo despendido. Sendo assim, pode ter uma melhor adesão por parte dos praticantes e ser capaz de proporcionar benefícios bem próximos aos do treino contínuo.
Para praticantes intermediários e avançados também existe a possibilidade de utilizar ambos os tipos de treino. Alternando entre sessões de HIIT e aeróbio contínuo.
Como podemos ver, cada tipo de treino tem suas características, e a escolha depende dos seus objetivos, preferências e nível de condicionamento físico.
Cuidados
Por segurança sempre mantenha seus exames cardiovasculares em dia. Principalmente se for praticar treinamentos de alta intensidade como o HIIT.
Referências:
- Dupuit et al.. MICT or HIIT ± RT Programs for Altering Body Composition in Postmenopausal. Medicine and Science in Sports and Exercise. Setembro 2019.
- Paz, Cláudio; Fraga, Amanda; Tenório, Mário. Efeito do treinamento intervalado de alta intensidade versus treinamento contínuo na composição corporal: uma revisão sistemática com meta-análise. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v.22n6p512-522. 2017.